Prosperidade ou riqueza?

Publicado em 26/11/2019 - autor: Carlos Alberto Debastiani

Quais os objetivos que perseguimos durante toda a vida? A maioria das pessoas diria: melhorar de vida, enriquecer, ficar milionário ou algo parecido. Algumas irão disfarçar essa intenção sob outras formas: um emprego fixo, uma carreira profissional de sucesso, a casa própria etc.

Se analisarmos essa questão, na sua essência, iremos perceber que o que qualquer pessoa realmente deseja (embora não saiba disso) é apenas ser feliz. Essa é a única aspiração do ser humano. Quem conseguir atingir esse estágio em sua vida não necessitará buscar mais nada.

O problema é materializamos essa aspiração em algo externo, palpável, que possa ser alcançado: uma coisa, uma pessoa, um lugar, uma condição social ou apenas ter dinheiro.

Como vivemos numa sociedade capitalista, temos a ideia de que o dinheiro será a matéria-prima de nossa felicidade, que bastará possuí-lo em abundância para que nossa felicidade seja completa e não tenhamos mais que procurá-la.

A busca da felicidade apoiada na posse material não encontrará um limite satisfatório. Sempre haverá uma casa mais bonita, um automóvel mais luxuoso, uma roupa mais cara, etc. Se fosse de outra maneira, todos os ricos e milionários do planeta seriam profundamente felizes. No entanto, as classes mais abastadas são, com frequência, o cenário de crises depressivas, infelicidade, solidão e suicídios.

É obvio que existe certa relação entre a felicidade e o grau de disponibilidade financeira do indivíduo, afinal, somos feitos também de matéria. Ninguém será feliz sem suprir necessidades básicas... e mais algumas, não tão básicas! Mas não podemos deixar de dosar muito bem a influência que tais bens têm sobre nossas vidas

Por isso, defendo a convicção de que nossos esforços devem se concentrar na busca da prosperidade e não da riqueza. Mas qual a diferença entre prosperidade e riqueza? Para muitas pessoas, essa diferença não existe e elas costumam afirmar: "Uma pessoa próspera é uma pessoa rica".

Quero fazer uma correção nesse conceito: uma pessoa próspera não é uma pessoa rica, mas sim uma pessoa que está se tornando rica, aos poucos, e em diversos aspectos, não somente no financeiro. Isso equivale a dizer que uma pessoa próspera é alguém que está evoluindo, seja no plano material, seja no plano intelectual, seja no plano afetivo.

Ascender a um novo posto de trabalho é prosperar, mesmo que o salário não acompanhe, na mesma proporção, as responsabilidades assumidas. Casar-se é prosperar, tanto afetiva quanto social e até financeiramente, se os dois cônjuges puderem somar seus salários e administrá-los de forma coerente e produtiva.

O ritmo em que as pessoas prosperam varia muito. Uns prosperam rapidamente, outros muito mais lentamente. Mas o que importa não é esse grau de avanço, e sim o fato de manter-se próspero. Esse deve ser o seu objetivo, e não obter uma fortuna a qualquer preço.

Mantendo em mente esse objetivo, você irá usufruir muito melhor de sua prosperidade, pois poderá encará-la como um fim e não apenas como um meio de atingir a riqueza tão distante. Sendo adequadamente desfrutada, sua prosperidade poderá até levá-lo à riqueza, algum dia.

A questão fundamental não é se você enriquecerá ou não, mas o fato de que se sentirá feliz durante seu percurso pela vida e, sendo feliz, não achará necessário ser rico, pois já alcançou a aspiração máxima do ser humano.

Então, como se faz para ser próspero, já que esta é a maneira mais fácil de ser feliz? A boa notícia é que a prosperidade não tem nenhuma ligação com quanto dinheiro você tem ou ganha. Não importa o seu salário, você poderá ser próspero, basta querer e assumir a postura correta em sua vida.

As pessoas prósperas não são necessariamente ricas, e os ricos não são necessariamente prósperos. Quem de nós não conhece algum caso sobre um ator, músico ou atleta famoso que, mesmo tendo angariado uma grande fortuna em sua carreira de sucesso, acabou enterrado em dívidas e perdeu tudo, ou quase tudo, por não saber administrar suas finanças?

Note que esses milionários, apesar de ricos, não eram prósperos, ou seja, mesmo conseguindo rapidamente uma grande quantia de dinheiro, não possuíam a capacidade de administrar sua vida financeira com inteligência, de forma que não conseguiram manter-se ricos. A falta de habilidade no trato com o dinheiro é capaz de arrastar, correnteza abaixo, qualquer quantia de dinheiro que se tenha.

Para alcançar a prosperidade em nossa vida, precisamos pensar em nosso dinheiro e nossa capacidade de trabalho como um meio consistente de produzir mais riqueza, na forma de um sistema sustentável de geração de caixa (tema que abordaremos em outro artigo).



Esse tema, e muitos outros, são abordados no livro "Pare de Viver na Corda Bamba"







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